sábado, 6 de fevereiro de 2016

Bovespa recua 0,56% acompanhando exterior, mas fecha semana no azul

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira, pressionado pela queda em Wall Street após dados do mercado de trabalho norte-americano, mas a forte alta dos dois últimos pregões garantiu desempenho semanal levemente positivo.

A última sessão antes do Carnaval também foi pressionada pelos resultados de Lojas Renner e TIM Participações, que mostraram dados fracos do lado das receitas no último trimestre de 2015.

O Ibovespa caiu 0,56 por cento, a 40.592 pontos.

O volume financeiro somou 4,97 bilhões de reais.

Na semana, o índice de referência do mercado acionário doméstico acumulou ganho de 0,46 por cento. No ano, contudo, ainda acumula declínio de mais de 6 por cento.

Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho divulgou a criação de 151 mil vagas fora do setor agrícola em janeiro, abaixo do esperado, mas os salários subiram e a taxa de desemprego caiu a 4,9 por cento.

No mercado acionário, prevaleceu a visão de resiliência do mercado de trabalho norte-americano, que corrobora perspectivas de novas altas de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA. A equipe do BNP Paribas disse que os detalhes do relatório de emprego foram positivos.

Wall Street, o S&P 500 fechou em queda de quase 2 por cento, enquanto o Nasdaq recuou mais de 3 por cento, pressionado pelo forte declínio em tecnologia após previsões de companhias do setor durante a semana.

Em razão do Carnaval, não haverá negociação na Bovespa nos próximos dias 8 e 9, com o pregão à vista reabrindo às 13:00 no dia 10.



DESTAQUES



- LOJAS RENNER recuou 5,62 por cento, após divulgar resultado trimestral na noite da véspera, que mostrou alta anual de 10 por cento na receita líquida, enquanto as vendas nas mesmas lojas subiram 4,5 por cento nos últimos três meses de 2015. Para o UBS, os números mostraram fortes sinais de que a recessão econômica está finalmente atingindo os números da varejista.



- TIM PARTICIPAÇÕES caiu 5,02 por cento, com investidores também analisando os números do quarto trimestre do ano passado, que mostrou a receita líquida total caindo 20,2 por cento frente ao mesmo período do ano passado. O Credit Suisse avaliou negativamente o resultado, destacando, entre outros pontos, que a margem Ebitda muito acima do esperado refletiu menor venda e custos de aparelhos.



- CIELO cedeu 5,99 por cento, após a Agência Estado noticiar, citando fontes, que Banco do Brasil e Bradesco avançaram nas negociações para comprar fatia do Citi na rival Elavon no Brasil. A Reuters noticiou no início de janeiro que BB e Bradesco negociavam a compra da participação do Citi na Elavon e que um acordo poderia ser fechado em fevereiro. Alguns analistas veem risco de conflito de interesse a minoritários.



- ITAÚ UNIBANCO avançou 0,98 por cento, respondendo por relevante suporte do Ibovespa, dada a sua fatia significativa na composição do índice, e recuperando-se após forte perdas no início da semana em meio à divulgação de estimativas sobre seu desempenho em 2016.



- VALE mostrou volatilidade durante a sessão após semana de fortes ganhos, fechando com as ações preferenciais de classe A em alta de 0,52 por cento, enquanto as ordinárias caíram 1,06 por cento. O minério de ferro na China encerrou a semana com o melhor desempenho desde abril. Vale PNA acumulou na semana ganho de 7,6 por cento, mas ainda acumula queda de 24 por cento no ano.



- CSN subiu mais de 5 por cento, com o setor siderúrgico novamente na ponta positiva, enquanto seguem expectativas de redução de capacidade de produção de aço na China, além de melhores perspectivas para refinanciamento no exterior caso os juros globais sigam baixos.



- PETROBRAS também teve um dia volátil, mas encerrou com as ações preferenciais e ordinárias em queda de 4 por cento, conforme os preços do petróleo firmaram-se no território negativo após dados de emprego nos EUA.





- RUMO ALL saltou 21,69 por cento, liderando os ganhos na Bovespa, com o movimento de recuperação após fortes perdas em janeiro ajudado por melhora na recomendação da ação pelo banco suíço UBS.

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