SÃO PAULO, 1 Ago (Reuters) - A Telefônica Vivo pretende usar a estrutura de banda larga de ultra velocidade para impulsionar a plataforma de TV paga baseada em Internet (IPTV), disse o presidente da empresa, Antonio Carlos Valente, nesta quarta-feira.
"Nós temos já um projeto que é trabalhar fortemente com a ultra 'broadband'... Essa plataforma é uma das plataformas fundamentais para se ter uma boa solução de IPTV, uma boa solução de televisão, além da ampliação dos meios convencionais de cabo", afirmou a jornalistas, após participar de evento na sede da empresa, em São Paulo.
O executivo afirmou que a companhia está muito adiantada para o lançamento de uma plataforma potente de IPTV --que utiliza protocolo de Internet para transmissão de conteúdo-- para as suas redes de fibra e de cabo, que foi anunciado no último trimestre de 2011. Ele, no entanto, não detalhou os investimentos necessários para essa tecnologia.
A expectativa de analistas do mercado é de que a IPTV aumente a participação de mercado de companhias como a Telefônica e Oi, que visam explorar fibra óptica para oferecer produtos de ponta .
ANATEL
Segundo o presidente da companhia, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não pediu modificações no plano de investimentos e qualidade apresentado pela empresa à agência reguladora.
Apesar de não ter suas vendas suspensas pela Anatel como seus concorrentes Oi, Claro e Tim, a Vivo também teve que apresentar um documento com suas estratégias à agência reguladora.
"Nós estivemos na semana passada (em Brasília) e a Vivo estará fornecendo as informações que forem pedidas... O que a Anatel pediu depois da apresentação que fizemos foram informações mais detalhadas por Estado", disse.
Sobre o impacto da suspensão das vendas das concorrentes na Vivo, Valente afirmou que "não é nada relevante."
COMPARTILHAMENTO
O executivo também afirmou que as empresas já compartilham infraestrutura como forma de desafogar a rede de telefonia móvel.
Na véspera, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sinalizou que o governo poderá criar uma lei federal obrigando as operadoras a compartilharem infraestrutura, como uma forma de solucionar o problema da falta de antenas, devido às permissões limitadas para sua construção.
"Compartilhamento já é uma prática bastante utilizada. Acho que sempre pode ser melhorado o processo de compartilhamento. Talvez você possa criar algum tipo de mecanismo de interação, que seja um processo mais rápido", afirmou.
"Não conheço exatamente o conteúdo da lei. Tudo na vida pode ser melhorado, mas acho que já é intensamente praticado."
Representantes do setor afirmam que a nova geração de telefonia móvel demanda de três a quatro vezes mais antenas por conta da alta frequência (de 2,5 gigahertz) na qual o 4G inicialmente vai operar, que tem menor alcance .
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