BRASÍLIA, 26 Abr (Reuters) - O Banco Central decidiu indicar na ata da última reunião do Copom que a taxa básica de juros deve continuar caindo, com "parcimônia", por entender que a recuperação da atividade econômica está mais lenta do que se esperava no início de março, segundo uma fonte da equipe econômica.
No mês passado, o Comitê de Política Monetária tinha sinalizado que a Selic se estabilizaria em 9 por cento ao ano. Mas de lá para cá, indicadores mostraram que a recuperação não tinha o fôlego imaginado.
Entre outros dados, o desemprego voltou a subir e a atividade está fraca, com a indústria ainda sem sinais de retomada. Considerado uma prévia do PIB, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou contração de 0,23 por cento em fevereiro na comparação com janeiro.
Na ata do encontro da semana passada, o Comitê de Política Monetária afirmou que "qualquer movimento de flexibilização monetária adicional deve ser conduzido com parcimônia". No documento sobre a reunião anterior, publicado em março, o Copom havia afirmado que a Selic poderia ficar "ligeiramente acima dos mínimos históricos", de 8,75 por cento ao ano.
Para especialistas, a palavra parcimônia significa para maio, quando o comitê se reúne novamente, um corte na Selic de 0,25 ou 0,50 ponto percentual .
Na ata, o Copom observou ainda que "ocorreram mudanças estruturais significativas na economia brasileira, às quais determinaram recuo nas taxas de juros geral, em particular na taxa neutra".
No mercado futuro de juros, a maioria dos contratos de DI caiu.
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