quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Copa 2014: cinco aeroportos não iniciaram obras

Atrasos na reforma do setor aeroportuário são o maior gargalo para a realização do torneio. Governo terá que gastar um bilhão de reais a mais
Da Agência Estado/Veja
O governo federal apresentou, nesta quarta-feira, um balanço da preparação para a Copa do Mundo de 2014. A principal preocupação é em relação ao atraso nas obras de reforma dos aeroportos das cidades que vão sediar partidas do torneio. Cinco delas – Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Recife e Salvador – ainda nem começaram as obras. “Em oito aeroportos, as obras estão iniciadas. Uma delas, em Viracopos, já foi concluída”, aponta o relatório.
Ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt explicou que o edital para concessão dos aeroportos de Brasília, Viracopos, em Campinas, e Guarulhos, está sendo finalizado. “Estamos terminando a minuta do edital para que o Tribunal de Contas (TCU) possa analisar”, disse.
Bittencourt lembrou o exemplo do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, para apostar no sucesso dessas concessões. “Com 228% de ágio no leilão feito na Bolsa de Valores de São Paulo, o consórcio, montado com capital 50% nacional e 50% estrangeiro, demonstra a esperança no Brasil e no crescimento do setor, que é muito maior que o da China, por exemplo”, ressaltou.
Miriam Belchior
Ministra do Planejamento
O ministro também apontou que o investimento para reformas dos aeroportos subirá para quase 6,5 bilhões de reais – era de 5,6 bilhões de reais. “A intenção não é somente aumentar a capacidade dos aeroportos, mas também melhorar a qualidade dos serviços. E, com o aporte, temos certeza que todos estarão prontos para a Copa do Mundo”, afirmou.
Mobilidade – Os ministros do Esporte, Orlando Silva, do Planejamento, Miriam Belchior, das Cidades, Mario Negromonte, da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino, e Bittencourt participaram do evento, assim como representantes das doze cidades-sede, que apresentaram o estágio das obras de mobilidade urbana e dos estádios.
Orlando Silva prometeu que ainda em setembro será lançado o edital para a produção de uma campanha de promoção do Brasil no exterior. “O Mundial é um evento que se autopromove, mas devemos aproveitar a oportunidade para promover o Brasil”, afirmou. De acordo com o relatório, as obras dos doze estádios que vão sediar partidas da Copa do Mundo foram iniciadas. A previsão do governo é que nove delas estejam concluídas até o final de 2012. Outros três estarão prontos até o final de 2013.
Miriam Belchior, do Planejamento, garantiu que as obras para a Copa do Mundo avançam no ritmo esperado. “As mudanças da legislação e as obras do primeiro ciclo, que inclui estádios, portos e mobilidade, já tinham suas responsabilidades definidas em janeiro de 2010. E hoje têm o ritmo necessário para termos uma boa Copa do Mundo”, defendeu.
Negromonte, das Cidades, avaliou que a mobilidade urbana será o maior legado deixado pelo torneio no Brasil. “A primeira intenção é levar o espectador até as arenas. Mas com o PAC da Copa somado ao que vai atuar na mobilidade das grandes cidades, teremos um legado importante para toda a população”, afirmou.

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