Do Diário de Natal
O Rio Grande do Norte tem elementos suficientes para liderar o setor de geração de energia eólica no país. Esse foi o quadro desenhado na audiência pública realizada na manhã de ontem pela Assembléia Legislativa. A perspectiva é de que no próximo ano o estado alcance 50% da geração de eólica no país, a partir da realização de novo leilão eólico, previsto para julho. O propositor do evento, deputado estadual Walter Alves (PMDB), iniciou o encontro destacando a importância da atividade. "Estamos aqui para falar do futuro econômico do RN, porque em breve seremos o maior polo exportador de energia eólica do país. Uma energia limpa e renovável". Para o deputado, a energia eólica será um dos principais vetores de nossa economia. "Estamos diante de uma grande oportunidade para melhorar os indicares econômicos. Além de interiorizar a economia, com emprego que dignifica o homem, a eólica vai gerar renda" afirmou Walter. O ex-ministro e atual secretário executivo do ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann afirmou que a eólica é uma modelo de energia competitivo e que hoje o país atrai investidores estrangeiros. "Nosso potencial energético caminha para atingir o limite na próxima década. Por isso investir em eólica é fundamental", disse Zimmermann. O ex-ministro incentivou o Rio Grande do Norte a assumir sua vocação de parque eólico, sendo um polo produtor e exportador da energia limpa e ecologicamente correta para o Brasil. "A partir desse potencial, a procura dos empresários para se instalar no estado será um fato natural", afirmou. Zimmerman explicou que entre 2006 e 2007 o governo federal realizou leilões para atrair fontes alternativas, e por não haver preços competitivos nem regras, a energia eólica ainda era uma realidade distante. Com os leilões subseqüentes, o setor foi se tornando mais competitivo e o preço do megawatt/hora foi baixando. Em dois anos, caiu de R$ 140 para R$ 130 reais. O secretário executivo disse que o atual ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, teve um papel muito importante na evolução do setor: "Entre alguns técnicos do ministério havia o consenso de que talvez ainda não fosse a hora da eólica e ele insistiu na questão", disse. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama, disse o Rio Grande do Norte vai liderar esse processo nacionalmente. O estado deverá receber investimentos de mais de R$ 8 bilhões no setor, o que possibilitará que, após conclusão das usinas geradoras, o RN alcance 50% da energia eólica do país. "Aqui temos a matriz econômica muito forte e esse estado tem tudo para dar certo. Posso assegurar aos senhores que com esses investimentos, como o aeroporto, nosso estado será o quarto pilar do Nordeste, ao lado de Pecém, Suape e da Transnordestina", disse. O secretário disse que o governo está se organizando tudo a todos os órgãos para coordenar as ações de suporte e apoio, para que, com a segurança jurídica, o setor privado venha ao estado com a segurança de que o investimento dele será preservado. Benito Gama reconheceu que há lacunas a se resolver, nas questões de meio ambiente, de infraestrutura e transportes, mas tranqüilizou os participantes do evento de que o governo está atento a esta grande oportunidade do Rio Grande do Norte mudar seus indicadores sociais: "O momento, importante na economia, é de abraçar esse projeto com todo o vigor", disse.
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